A mesa do Brasil não é igual em todo lugar: receitas de Natal que nascem da cesta

  • 14/11/2025
A mesa do Brasil não é igual em todo lugar: receitas de Natal que nascem da cesta – Crédito: Divulgação Quando se fala em Natal no Brasil, não existe um único sabor, um único prato ou uma única tradição. O país abriga vinte e seis estados, milhares de sotaques e modos de celebrar. Ainda assim, um elemento aparece com frequência: a cesta de Natal. Ela chega para todo mundo. Mas o que acontece com ela na cozinha é outra história. Farinha, panetone, achocolatado, goiabada, óleo, leite condensado, arroz, macarrão — itens que mudam completamente de sentido dependendo de onde e com quem são preparados. A mesa do Brasil não é uniforme, ela é feita de variações. Nordeste: quando a cesta encontra o cuscuz, o coentro e o sol na janela No Nordeste, a ceia costuma começar cedo, com a casa cheia e música tocando, da cesta, a farinha vira farofa úmida, feita com manteiga da terra. A goiabada vira sobremesa rápida: goiabada derretida com um pouco de água, servida quente sobre queijo coalho. E o panetone? Ele vai para a chapa, dourado, com manteiga — simples e perfeito. Receita cultural: Farofa com manteiga da terra Farinha da cesta + manteiga + cebola → nada técnico. Só presença. Sudeste: salpicão, maionese e a conversa que começa na cozinha No Sudeste, a ceia costuma se misturar ao pré-preparo: família inteira picando ingredientes ao redor da pia. Da cesta, o frango desfiado vira salpicão com maçã. O milho verde entra na maionese. O leite condensado vira sobremesa rápida: pavê — porque sempre existe um pavê. Aqui, a mesa não é cerimonial. Ela é conversa aberta. Receita cultural: Salpicão de frango Frango desfiado + milho + maionese + maçã → prato que conta sobre convivência. Sul: pão, vinho e o panetone que vira sobremesa quente No Sul, o Natal muitas vezes se aproxima de um gesto europeu: mesa longa, jantar mais tarde, clima fresco. Da cesta, o panetone vira rabanada assada, cortado em fatias grossas e passado no vinho antes de ir ao forno. O arroz vira arroz com amêndoas quando dá — quando não dá, vira arroz branco mesmo, servido quente, sem cerimônia. Receita cultural: Panetone no forno com vinho Panetone + vinho + açúcar → doce afetivo, mais sobre clima do que sobre doce. Norte: doce quente, calda espessa e cozinha como ponto de encontro No Norte, o Natal carrega presença de frutas, caldas e sabores intensos. Da cesta, a goiabada vira pirão doce, mexido na panela grande, servido quente. O leite condensado reforça a sobremesa, que acompanha café recém-coado. Aqui, o doce não é finalização. É acolhimento. Receita cultural: Pirão doce de goiabada Goiabada + água + leite condensado → mexer até virar memória. O que todas essas mesas têm em comum? Não é o prato, não é a técnica, não é o formato da ceia. É a ideia de partilha. A cesta de Natal não define como o Natal deve ser. Ela abre possibilidades. Ela entra na casa e se transforma de acordo com a história de quem mora nela. No fim, o que se coloca na mesa diz menos sobre ingredientes e mais sobre o Brasil que existe dentro de cada família.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/capital-das-cestas-nosso-sabor-de-natal/noticia/2025/11/14/a-mesa-do-brasil-nao-e-igual-em-todo-lugar-receitas-de-natal-que-nascem-da-cesta.ghtml


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