No Paraná, Biotravessia mostra ações de conservação da fauna e da flora

  • 11/11/2025
(Foto: Reprodução)
Cataratas são formadas por 275 quedas d’água, cuja vazão, em épocas de chuva, chega a 8 bilhões de litros por segundo Crédito: Divulgação A Biotravessia chegou ao Paraná em sua segunda etapa, para buscar histórias inspiradoras de pessoas e projetos que têm contribuído para a preservação do meio ambiente. A expedição, que percorre o País até a COP 30, em Belém (PA), busca evidenciar práticas de conservação, recuperação de ecossistemas e convivência sustentável entre seres humanos e a natureza. A iniciativa é desenvolvida por meio de uma parceria entre o Terra da Gente e a empresa BluestOne, parceira de diversas ações em todo o território nacional. O tema central da Biotravessia ganha relevância num contexto em que os eventos climáticos extremos se tornaram cada vez mais frequentes. Chuvas intensas, secas prolongadas, incêndios e ondas de calor passaram a fazer parte do cotidiano, afetando a vida de pessoas, animais e plantas. Diante desse cenário, o debate ambiental deixou de ser restrito a especialistas e tornou-se um compromisso coletivo. A COP 30 é uma oportunidade para o Brasil apresentar ao mundo experiências que têm dado certo — e a Biotravessia quer justamente mostrar essas histórias positivas. O trajeto pelo Paraná começou após a passagem por Florianópolis (SC) e Curitiba (PR) e seguiu até Foz do Iguaçu, no extremo oeste do estado. O percurso revelou um território profundamente marcado pela presença da biodiversidade, em que a araucária, símbolo estadual, é também um ícone de resistência. A árvore, considerada um dos pinheiros mais antigos do mundo, é parte essencial da identidade paranaense e um retrato vivo da Mata Atlântica, bioma que hoje sobrevive em fragmentos — restam apenas entre 2% e 3% de sua cobertura original. Mesmo ameaçada, a araucária continua sendo um elo entre o passado e o presente. Pesquisas indicam que suas folhas já serviram de alimento a dinossauros, milhões de anos atrás. Hoje, ela mantém relações ecológicas com diversas espécies típicas da região. A gralha-azul, por exemplo, é responsável por enterrar os pinhões e ajudar na regeneração natural das florestas. A cotia, roedor que costuma esconder as sementes para se alimentar depois, também atua como plantadora involuntária de novas árvores. Já aves como o grimpeiro e o papagaio-charão dependem das araucárias para se alimentar e se abrigar. Essa interação entre fauna e flora reforça a importância da conservação desse ecossistema singular. Florestas de araucárias são símbolos da biodiversidade do Paraná Crédito: Divulgação Onças do Iguaçu A etapa paranaense da Biotravessia culminou no lar de um dos maiores espetáculos naturais do planeta. As Cataratas do Iguaçu, com suas 275 quedas d’água que chegam a mais de 80 metros de altura, formam um cenário imponente e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade. Durante o período de cheia, a vazão pode ultrapassar 8 milhões de litros por segundo — volume suficiente para abastecer uma cidade do porte de Campinas (SP) por uma hora em apenas um segundo de queda d’água. Além da beleza cênica, o parque é um refúgio para inúmeras espécies da fauna brasileira, incluindo a onça-pintada, o maior felino das Américas. É justamente na região da tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai, que o Projeto Onças do Iguaçu realiza um trabalho exemplar de pesquisa e educação ambiental. A iniciativa busca promover a coexistência entre as comunidades rurais e os grandes felinos que habitam as matas do entorno do Parque Nacional do Iguaçu. Pesquisadores monitoram os animais por meio de armadilhas fotográficas e rastreamento aéreo, acompanhando deslocamentos, reprodução e comportamento. O trabalho não é simples: o parque, com seus mais de 185 mil hectares, é uma das maiores áreas contínuas de Mata Atlântica do país e exige logística complexa, muitas vezes com acesso apenas por helicóptero. Estima-se que a região abrigue cerca de 100 onças-pintadas, o que representa quase um terço de toda a população da espécie existente em remanescentes de Mata Atlântica. Cada registro é motivo de celebração, especialmente quando as câmeras captam fêmeas com filhotes, sinal de que a população está se reproduzindo. Os pesquisadores também acompanham as onças-pardas, que compartilham o habitat e ajudam a equilibrar as cadeias alimentares locais. Mais do que ciência, o projeto aposta na educação e na comunicação como ferramentas de transformação. Equipes percorrem comunidades rurais dos dez municípios vizinhos ao parque, orientando produtores sobre práticas de manejo que reduzem os riscos de ataques a rebanhos. A ideia é substituir o medo pelo encantamento, mostrando que a presença da onça é sinal de equilíbrio ecológico. “Onde tem onça, tem vida”, afirmam os pesquisadores, lembrando que, por ser um predador de topo, o animal só sobrevive em ambientes onde há abundância de presas e boa qualidade ambiental. A Biotravessia tem mostrado que há muitos brasileiros comprometidos com a conservação da biodiversidade e com a construção de um futuro sustentável. Do alto das araucárias ao rugido das Cataratas, o Paraná oferece uma síntese do que o país tem de mais valioso: riqueza natural, conhecimento científico e vontade de preservar. Ao longo do percurso rumo à COP 30, a expedição revela histórias que unem tecnologia, pesquisa e paixão pela natureza, para que chegue à conferência com um mosaico de boas práticas para compartilhar com o mundo — uma demonstração de que é possível viver, produzir e prosperar em harmonia com o meio ambiente. Estimativa é que Parque Nacional do Iguaçu abrigue cerca de 100 onças-pintadas Crédito: Divulgação SERVIÇO: BluestOne Brasil Endereço: Rodovia Cornélio Pires (SP-127), km 51 – CEP: 13440-970 – Saltinho-SP E-mail: contato@bluest.one No Paraná, Biotravessia mostra ações de conservação da fauna e da flora - Crédito: Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/especial-publicitario/blue-stone/noticia/2025/11/11/no-parana-biotravessia-mostra-acoes-de-conservacao-da-fauna-e-da-flora.ghtml


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